Quadrilha
- Carlos Drummond de Andrade
João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,...................
Termine o texto de maneira criativa e envie para ser corrigido.
jueves, 12 de julio de 2007
Termine a história que o Drummond escreveu...
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5 comentarios:
eu estao preparando,mais eu pressiso mas tempo, hoje de noite acho que vou escrever.
Achei muito divertido escrever o final para historia ja começada. Pensei dois ou trés finais, mas decidí por o que mandei para Cristina por email. Mesmo, eu vou levá-lo para corrigi-lo na aula da quarta feira.
Tudo de bom para voçés.
Claudio
Parabens, professora, seu blog tá incrivel, vou fazer a tarefa já!!
João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo para o Tibete, Maria para o deserto, Joaquim para uma ilha e Lili não foi para nenhum lugar. João detestava o futebol americano, Teresa as orações, Raimundo a solidão, Maria o calor, Joaquim os mosquitos e Lili não detestava nada. João gostava de pegar uma praia, Teresa de cantar, Raimundo das “baladas”, Maria da chuva, Joaquim da mordomia e Lili não gostava de nada.
Um dia, todos estavam cansados de levarem suas vidas assim e então decidiram buscar as pessoas amadas. João que amava Teresa viajou ao convento e a convidou para um concerto, Teresa que amava Raimundo viajou aos Estados Unidos e o convidou a uma festa, Raimundo que amava Maria viajou ao deserto e a convidou ao Sul do Chile no inverno, Maria que amava Joaquim viajou à ilha e o convidou a um hotel cinco estrelas e Joaquim que amava Lili não viajou a nenhum lugar porque Lili não amava ninguém, não foi para nenhum lugar e não detestava nem gostava de nada.
Então, todos ficaram esperando no lugar das pessoas que amavam, quase plantados, até criaram raízes... menos Lili.
João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento. João ficou sem vento, sem ar, sem nada, pensando na amada, ex-amado, expatriado. Tereza, ah Tereza! Rezava para esquecer seu amado e seguia amando, a mando de suas superioras que já sabiam que suas emoções eram superioras a seus mandos. Elas insistiam nos comandos e observavam sua pouca ação, pois questionavam sua vocação. Lili, que vivia próxima dali, que não amava o próximo nem o distante, não era amada e nem amante, precisa urgente fazer qualquer coisa para justificar sua presença inativa nesta narrativa. Num primeiro gesto de amor procurou Maria, lhe falou do mundo, de um desconhecido sentimento profundo e por fim de Raimundo. Maria se encantou com que ouviu, não sabia que era amada de um amor sem fim, assim se esqueceu de Joaquim e deu uma chance a seu amado, enfim. João, em terras distantes, não se cansou de amar Teresa, amava mais que antes. Esqueceu o orgulho por alguns instantes, encontrou um meio, mandou um e-mail e se declarou. Tereza –no principio surpresa – entendeu o recado, não seria mais freira, sabia quanto sofrera por não ter escutado seu verdadeiro chamado. E agora lá fora de novo com o vento no rosto, reconsiderou. Seu mundo caia - cansada de ver Raimundo com Maria, encarou o novo romance, se deu uma chance e vive feliz. Aqui podia ser o fim, mas pasmem, Lili foi atrás de Joaquim!
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